ETHEL MUNIZ – CHROM’ART – CINEMA LE ROYAL

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Le Cinéma Royal présente l’artiste ETHEL MUNIZ « – Silence, on tourne. Moi- le peintre – vidéaste, je vous invite à cette soirée – Chrom’Art Regards – aux chemins que je trace. Mes vidéos en cinéma sont des peintures mélangées aux … Lire la suite

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ETHEL MUNIZ – FESTIVAL MOUND DO BRASIL

Lieu :Salle LAMARQUE-CANDO 40000-MONT-de_MARSAN – FRANCE
Date/heure :lundi 31 mai au 6 juin 2010 18:00
Ethel Muniz FESTIVAL MOUN DO BRASIL Un air du Brésil à Mont de Marsan
EXPOSITIONS – CONCERTS – VIDéOS – ANIMATIONS DE RUE – MARCHé BRéSILIEN – BEACH VOLLEY – ENVIRONNEMENT…
 
 
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NOITARUGIF # PeinLiMusic by Ethel MUNIZ

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QUARTA-FEIRA DE CINZAS – © Ethel MUNIZ

Sexta-feira

Zé Tadinho

Desceu o morro

Para jogar baralho

Segunda-feira

Não foi trabalhar

Estava jogando maralho…

A molecada gritava :

– Zé Tadinho tá na mão dos homens.

Ele irá confessar ?

– O que porra, eu não sei do que vocês tão falando!…

– Sabe sim, confessa!!!

– O quê ?…

Bamm, plaft, toc, pimba…

– Ai, ai, ai! Confessar o quê, porra…?

– Respeite a autoridade, seu malcriado!

Toma, toma, toma, toma, toma, toma, toma, toma e toma…

Racharam a cabeça dele ao meio, uma banda caiu para o lado sul e outra para o lado norte.

Arrancaram uma perna na altura da rótula-joelhar, electrocutaram o seu pau com ovo e tudo, deram o braço esquerdo para o cachorro policial e o antibraço para o delegado perguntador.

Tiraram os miolos da cabeça rachada e jogaram na mesa do juiz de plantão.

Puxaram os olhos dele com os dedos indicadores e o gato da delegacia comeu como se fossem ostras frescas.

Que delicia ser animal de estimação de quartel .

Zé Tadinho sentado num tamborete descançava uma perna que restava.

– E agora vai confessar?

Zé Tadinho esparramado por todos os lados do país.

Pensava em se revoltar.

Um pedaço da bôca dele que estava grudada na parede mandou os perguntadores, com uma voz meia fanhosa  :

– Vão se arrombar cambadas de fardados…

Pimba, pimba, bam, bam!

– Respeite a autoridade bôca filha da puta!

O pedaço da bôca levou uma cacêtada.

Se espatifou em pequeninos pedacinhos

De ossinhos e dentinhos quebradinhos.

– Vai confessar agora, vagabundo?

Um dos braços de Zé Tadinho que estava pendurado na bôca do cachorro policial deu um sôco na cara dos homens.

– Respeite a autoridade, pedaço de braço agressivo.

Pam, pimba, pimba, pum, pum.

E o pedaço de braço foi massacrado ou melhor…

Metralhado.

– Vai confessar agora, vagabundo?

Era um cénario tipico de investigação.

Os direitos dos homens misturados com tripas, estômago, intestino grosso,  intestino fino, fígado, ríns, coração, bófe, orelha, lingua, miolos, olhos, dedos dos pés, dedos das mãos, coxas, palavras, pensamentos e tudo que se pode desconjuntar de um torturado…

Mais em todo cénario típico, há sempre um homen bom e esse homem bom varreu com uma vassora nova aqueles restos de liberdades trituradas.

O cachorro e o gato da delegacia brigaram a noite toda por causa de uma tripinha que havia escapada da vassora do homem-bom.

Zé Tadinho jurou :

– Se Deus quiser,

Continuarei fantasiado

De quarta-feira de cinzas…

 

© Ethel MUNIZ

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GUERRA E PAZ! © Ethel MUNIZ

 

I

Guerra,

A  separação erguida

Como uma fenda

Nos olhos !

Curral de gentes

De ambos os lados mansos-ferozes !

A síntese de várias vergonhas !

Tamanha ousadia humana !

Prisão perpetuada por nós ignóbeis

Transformados em deuses parasitas !

Paz,

Ferida menina operada

Rasgada ao meio !…

No centro do peito

Coração destroçado!

Mãe dividida!

Nos olhos os cortes das baionetas !

-Silêncio asmático !…

Paz…

Violada taradamente

Condenada – atormentada !…

Guerra…

Teu muro o nosso muro,

Teus arames assassinos

Nossos absurdos,

Teus rios e lagos

Nossas lágrimas jogadas,

Teus pés minados

Nossos calos feridos !

 

 

 

II

Paz…

Menina golpeada,

Tua dor permanece

Entravada nas veias e nervos

Das recordações

Do dia em que fostes

Traída !!!

As cabeças

Que violaram teus direitos

Que abortaram teu mêdo

Que trucidaram tua dignidade

Que infincaram baionetas no teu colo

Que permitiram teu retalho

E que venderam-te aos teus carniceiros

Teu corpo esquartejado…

São cabeças

Que servem somente

Para os pensamentos cancerosos

Como caras de verdugos…

Paz…

Grite, grite seu grito

Até que expulces do teu ventre

Estes parasitas-zumbis!…

 

 

III

Um corre pro seu lado

Corpo se espatifa no chão

Boca se enche de ar

Desgraçado se vê no espelho

Pátria uma religião

Cidadão uma mentira

General perdição

Partido a corda do enforcador

Estado um ser esfaqueador!

Coração dolorido

Paz em feridas

Suspiro!…

Suspiro no leito

Teu corpo silêncioso…

Como te amo!

Corpos

Bocas

Desgraçados

Pátrias

Cidadões

Partidos

Corações

Paz!

Como tu és quente e explosiva…

Mata-me entre tuas coxas

E afoga-me

Na unidade do teu gozo

De Mulher…

 


 

IV

O povo admite

A análise das armas

Entre a ânsia dos amores

Correspondentes aos dentes

Da poesia ou ficção escritas…

Imaginem imagens outrora

No patamar do poder

O presidente presidenciando

O coito da pátria

Com o poder desvairado…

O povo admite

O aprendizado

Eivado de defeitos

No bico das armas

Viradas pro próprio peito!…

O povo admite

Revolução da victória ?

-Sim!

Victória da revolução ?

-Não!

Apelo do povo…

Panfleto de soldados!

-Sublevar!!!

Provocar o desmoronamento

Das chamas massacrantes!

Reino do poder!

Eliminação física

Da repressão!

Exterminados

As doutrinas e rótulos

Ressureição do povo!!!

-Hi, hi, hi,… rio assim!

 

 

V

Virar as bandeiras.

Balbuciar a pátria

Destroçada

Pelos reis amargos!

Cruzar os braços

Lubrificar as armas

Com água salgada dos olhos!

Enferrujar

Os dedos dos HOMENS

Morrer

E não chorar depois!

Apagar

O povo de um apago

Ou quantos apagos necessários forem!

Um dia,

Mundo policiado

Civis já não há,

A victória derrotada do povo!

Prostitutas do apocalipse…

EU,

Continuarei sobre a cama

Bebendo o suco do teu ventre

Me lambuzando

De delicias eternas

Embriagando-me do teu cheiro

E reinando

Dos teus abraços e braços

De MULHER…

Amada minha.

Paz e guerra!

Te ofereço Tolstoï!

-Guerra e paz…

Um copo de vinho…

Fuzil-fucinho!!!

-Tolstoï!

 

© Ethel MUNIZ

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« NOITARUGIF Peintures de Poésièmes » d’Ethel MUNIZ

"NOITARUGIF Peintures de Poésièmes" de Ethel MUNIZ

 

Start:     

Sep 22, ’07 19 heures

End:     

Sep 23, ’07

Location:     

Villa Les Pins, Rue de la Guardiole, 34280 CARNON (entrée par le port Carnon Ouest)
Soirée privée Lancement du Livre d’Art "NOITARUGIF Peintures de Poésièmes"
de l’artiste peintre et poète Ethel MUNIZ,
avec Lecture et Exposition de ses dernières oeuvres…
Invité chez Mr et Mme Danielle et Christophe LELAIDIER
à CARNON Plage – MONTPELLIER – FRANCE
le samedi 22 septembre 2007 à 19 heures. 
(voir album NOITARUGIF)
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POESIEMES XXXVI

A CELLE QUI SE RECONNUT ET QUI SE LUT

 

Fiez-vous

A ces amours

Ornées de papier-peint

Tâtées au vent

Fiez-vous

Aux costumes et aux gants

Entièrement tachetés

D’un éclat de rire

Fiez-vous

Aux disciples amoureux

Fiez-vous

Aux pages blanches

Rouges parfois

Que lisent ces femmes poudrées

Aux yeux des chérubins

Fiez-vous

Aux abeilles laborieuses

Qui savourent

Le miel de l’oubli

 

 

Adieu frelons impuissants

J’aime une vandale

J’aime une femme

J’aime une page imprimée

J’aime les amours imprévues

J’aime la grande folie

J’aime les vagues de ton nombril

Qui se perdent dans le bruit

De la marchande de jouissance

J’aime ton bruit

Ton cri de porcelaine

En couleurs

De tes yeux fermés

De la fragilité écornée

De ton nouveau rire

Quand tu dors

Sur les ombres

Délicieuses

D’un corps-lit…

 

© Ethel MUNIZ – MMVII

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POESIEME XXXV

A celle qui se lira…

I

Prairies entourées

De tableaux ivres

De souvenirs riants

De couleurs flottantes

De femmes en fanfares

De beautés dorées

De guerres de poèmes

Et les insolences

Bavardent avec leur roy

La pensée bordée d’arbres

Poésie profonde

D’une foule inconnue…

Et mon amour rétabli

On peut être

Homme et poète

Femme politesse

Des baisers et des époques

Visite-moi

Dans un air pur

Garde-moi

Comme un métal

Précieux…

Des campagnes.

 

 

II

 

La foudre

Au cœur de la neige

Dépose noblement

Sur ton visage

Souriant

Le goût de sucre

Qui sucre…

Seule dans la chambre

Oubliée…

Ce sphinx

Aux entrailles du désert

Jaune ocre

De dunes déchues…

Femme délicatesse

Douce et heureuse

Dans un coin de ta bouche

Des baisers en coulisses

Fouille-moi

Tes secrets-souvenirs

D’un vase étrusque.

 

© Ethel MUNIZ

MMVII

 

 

 

 

 

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POESIEME XXXIV

 

A celle qui se reconnaîtra…

 

  Ne pleurez pas

En habits de fête

Cette position superbe

Dérobée à quelqu’une

Du soir…

Cette femme est belle !!!

Cette danse

Si loin… L’amour

A la fois élégante et parfumée

Son corps se balance

Mais rien ne se presse

Même pas les lèvres

De la fécondité !!!

Toute la soirée

En ciel bleu-laqué

Le soir même

Les larmes roulèrent

Dans tes yeux

Dans ta bouche

Dans tes seins

A voix basse : Je t’aime…

Incognito

Et cette femme : Mon valet

A la une du noble

Femme des beaux arts

Des lèvres de vertu

Des désirs… ambigus

Mélange de poèmes

Des yeux noirs

Et des mélodies

Ne pleurez pas

En habits de soie.

Ma moitié dessinée

En couleurs inventées

Des rêves vantés…

                                                                             

 Ethel MUNIZ

 MMVII

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